12.01.22 Exterior lidera, mas não isolado A onda de maior pessimismo com a alta dos juros no Brasil e com a piora do cenário político e fiscal abalou a Bolsa brasileira em 2021 – e não apenas ela. Os fundos de ações e multimercados terminaram o ano com mais resgates do que saques justamente por conta da performance, que, em grande parte dos casos, deixou a desejar. Mas houve os gestores que conseguiram se salvar. Mesmo em um cenário complicado, fundos de ações com boa parte da alocação no exterior via BDRs – recibos de ações emitidos por empresas de outros países e negociados na B3 – foram os que se deram melhor em 2021. Destaque também para produtos que aplicaram em ações globais focadas em tecnologia, e um ou outro fundo de ações domésticas. É o caso das três carteiras que lideram a lista, focados em renda variável brasileira: Trigono Delphos Income FIC FIA, Trigono Flagship Small Caps FIC FIA e Trigono Verbier FC FIA. Os três estão sob gestão de Werner Roger, CIO na Trígono Capital. O gestor conta que um dos segredos para o desempenho acima da média está na diferença de peso de alguns setores na carteira. Roger explica que a posição em ações do setor industrial – como Tupi (TUPY3), Schulz (SHUL4) e Metal Leve (LEVE3), que se saíram bem no ano passado – representa cerca de 72% da alocação de todos os fundos. Já no caso do Ibovespa, o setor responde por cerca de 3% das ações. Multimercados Já dentre os fundos multimercados, o destaque positivo ficou para carteiras que investem em criptomoedas, beneficiados especialmente pelo desempenho de algumas altcoins, moedas alternativas ao Bitcoin. Um dos casos de sucesso foi o fundo Vitreo Criptomoedas FICFI Mult IE, com retorno de 116,93% em 2021. George Wachsmann, sócio-fundador da Vitreo, explica que a alocação do produto em criptoativos varia. Geralmente, a maior parte está na moeda digital mais famosa do mundo, o Bitcoin – e o resto, em altcoins. O bom desempenho do produto no ano passado está ligado especialmente à performance de altcoins como o Axie Infinity Shards (AX), considerado o principal acerto do fundo em 2021. Para ver a lista completa e entender como os fundos são selecionados, confira a reportagem de Bruna Furlani publicada no InfoMoney: ► Os melhores (e os piores) fundos de ações e multimercados em dezembro e em 2021 Mariana Segala, editora de Investimentos do InfoMoney |
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